sábado, 17 de abril de 2010

CNC aumenta expectativa de crescimento do comércio


Assim como no período seguinte à crise financeira mundial, o fôlego do comércio brasileiro tem mantido um ritmo de crescimento constante neste início de ano. É o que a Divisão Econômica da CNC conclui, ao analisar os dados relativos a fevereiro da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE, divulgada em 14 de abril.

De acordo com o Instituto, o volume de vendas e a receita nominal do varejo cresceram, respectivamente, 12,3% e 15,3% em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado. No primeiro bimestre do ano, esses indicadores registraram elevação de 11,3% e 13,9%. Nos últimos doze meses, volume e receita acumularam crescimentos de 6,0% e 10,5%.

Os resultados positivos apurados pelo IBGE elevaram a expectativa da CNC de crescimento do comércio para 10,3% este ano. Fábio Bentes, economista da Confederação, afirma que a projeção foi revisada tendo em vista os últimos resultados das pesquisas sobre o setor, inclusive as sondagens de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) e de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação, que confirmam um crescimento continuado. Segundo o economista, algumas das atividades que apresentaram alta na PMC asseguram este cenário, como é o caso dos itens que se referem a bens não duráveis, como hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (alta de 3,0%, na comparação com janeiro), e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com crescimento de 3,9%.

“Estes números sugerem que bom desempenho do comércio está sendo puxado pelo mercado de trabalho. É evidente que houve uma migração de pessoas mais pobres para a chamada classe média”, afirma. Para Bentes, ultimamente a formalização do trabalho reflete nos números do comércio. “O que importa para o setor é o crescimento de renda”.

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